Videolab, Benvinda Araújo, Carmo Almeida e Filomena Praça
L.U.Z. (Light-Urgency- Zone)
A guerra e a vida têm em comum a destruição e a construção, cuja sequência causa efeito se perde num circuito circular e, por isso, eterno. Depois da guerra reconstrói-se o leito destruído, a terra-mãe, as referências identificadoras do indivíduo. Dos escombros renasce uma nova ordem. Na vida, na existência, o passado são escombros de acontecimentos que já não existem e dos quais a memória guarda apenas estilhaços. O presente e o futuro são construídos a partir desses fragmentos de memórias que se unem novamente numa nova construção, que inclui o momento vivido no instante presente e a antecipação do próximo e do longínquo.
Três mulheres ocupam um espaço onde transportam pedaços de materiais deixados, de uma habitação abandonada. Preparam o solo dessa habitação, definem um plano, uma base, uma superfície, para um novo recomeço.
A simbologia recorre ao branco, na ideia de transformação, de preparação de um novo espaço, ou uma nova morada. Luz, imagem em vermelho sobre o branco da tela preparada no chão, apela à urgência da reconstrução.
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